O que é Role Playing Game (RPG)?

Se você já ouviu alguém falar que “joga RPG” e ficou sem entender exatamente o que isso significa, não se preocupe — você não está sozinho. O Role Playing Game, mais conhecido como RPG, é um dos universos de entretenimento mais criativos, sociais e imersivos que existem. E mesmo assim, ainda gera dúvidas em quem nunca experimentou essa aventura.

5/8/20242 min ler

O Role Playing Game, ou simplesmente RPG, é uma das formas mais ricas e imersivas de entretenimento já criadas — um universo onde imaginação, narrativa e interação humana se encontram para formar experiências únicas. Se alguém já disse que “joga RPG” e você não entendeu exatamente o que isso significa, saiba que é natural: o RPG é mais do que um jogo, é um portal para histórias vivas, para personagens que respiram através de você e para mundos que só existem porque um grupo decidiu sonhá-los junto. Em vez de controlar um herói numa tela como nos videogames, aqui você se torna o personagem: com nome, passado, habilidades, emoções, objetivos e escolhas que moldam o rumo da aventura.

No formato tradicional de mesa, os jogadores se reúnem presencialmente ou online e constroem um universo compartilhado — pode ser um reino medieval repleto de castelos, elfos e dragões; uma sociedade secreta repleta de criaturas sobrenaturais escondidas entre humanos; ou até uma vasta galáxia futurista cheia de naves, planetas e inteligência artificial. Um dos participantes assume o papel de Narrador, a mente por trás do mundo: ele descreve cenários, apresenta desafios, interpreta personagens coadjuvantes e, principalmente, conduz o fluxo da história. Não existem trilhas fixas nem finais pré-definidos — cada decisão influencia tudo, e nenhuma aventura se repete da mesma maneira.

A dinâmica é simples e profunda ao mesmo tempo: a narrativa avança pela interpretação e criatividade dos jogadores, e o destino das ações muitas vezes depende de dados especiais — como o famoso dado de 20 lados — que introduzem o elemento da sorte. Quer convencer um rei a confiar em você? Abrir uma porta trancada? Derrotar um monstro colossal ou hackear um terminal futurista? Role o dado e veja o universo responder.

Mas o fascínio do RPG vai muito além das mecânicas. Ele desenvolve habilidades reais: imaginação, improviso, comunicação, trabalho em equipe, raciocínio estratégico e até empatia — afinal, ao viver outra vida, você aprende a enxergar novas perspectivas. E talvez o maior encanto esteja no vínculo humano: grupos que começam por curiosidade se tornam círculos de amizade, e histórias compartilhadas ao redor de uma mesa (ou de uma chamada de vídeo) se transformam em memórias tão reais quanto qualquer experiência fora do jogo.

E quem pode jogar RPG? Qualquer pessoa. Não existe idade, perfil ou estilo certo. Dos clássicos como Dungeons & Dragons, Vampiro: A Máscara e Call of Cthulhu aos sistemas narrativos modernos e alternativos, o gênero cresce, se reinventa e alcança cada vez mais gente — inclusive online, onde comunidades inteiras se reúnem para viver aventuras à distância sem perder uma gota de magia.

No fim das contas, o RPG não é apenas um jogo. É uma obra coletiva em constante criação. É arte viva, exercício imaginativo, fuga e reflexão ao mesmo tempo. É a chance de ser um herói, um anti-herói, um explorador do desconhecido ou simplesmente alguém completamente diferente de você — e descobrir o que isso desperta dentro da sua mente. Uma história pronta para ser contada, escrita não em páginas, mas em decisões.

Se você nunca jogou, talvez esteja faltando apenas um dado, alguns amigos e a vontade de embarcar no desconhecido. Porque quando a primeira aventura começa, você percebe: existe um universo inteiro esperando para ser vivido. E ele só precisa de uma coisa para despertar — você.